Análise epidemiológica dos casos de dengue entre o período de 2014 - 2024 na microrregião de Codó, Maranhão, Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Marcus Vinicius Medeiros de Andrade
Patrick Henrique Silva Paula
Wellygton Torres Rolim
Francisco Mendes de Sousa
Ian Jhames Oliveira Sousa

Resumo

Objetivo: Analisar os aspectos epidemiológicos dos casos de dengue na microrregião de Codó, Maranhão, Brasil, entre 2014 e 2024, com foco na distribuição sazonal, perfil clínico-epidemiológico dos infectados e incidência dos casos. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, baseado em dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), coletados por meio da plataforma TABNET. Foram incluídos casos confirmados laboratorialmente e/ou por critério clínico-epidemiológico. A análise contemplou variáveis sociodemográficas, tipo de dengue, evolução dos casos e critérios diagnósticos. Os dados foram organizados em planilhas do Excel e analisados por estatística descritiva. Resultados: Foram registrados 97 casos de dengue, com pico em 2022 (36 casos). A maior incidência foi observada entre adultos de 20 a 39 anos (36,1%), do sexo feminino (66,0%) e etnia parda (90,7%). A forma não especificada da dengue prevaleceu (84,5%). A maioria dos casos foi confirmada por critério laboratorial (70,1%) e evoluiu para cura (81,4%). Conclusão: O estudo evidencia a persistência da dengue na região, com sazonalidade marcada e predominância em mulheres jovens. A melhora nos critérios diagnósticos contrasta com a limitação dos dados inconclusivos, indicando necessidade de aprimoramento na vigilância epidemiológica.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
AndradeM. V. M. de, PaulaP. H. S., RolimW. T., SousaF. M. de, & SousaI. J. O. (2025). Análise epidemiológica dos casos de dengue entre o período de 2014 - 2024 na microrregião de Codó, Maranhão, Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(8), e21112. https://doi.org/10.25248/reas.e21112.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ARAÚJO WN, et al. The impactof COVID 19 mobilityrestrictionson dengue transmission in urbanareas. PLoS Neglected Tropical Diseases, 2024; 18(11): e0012644.

2. AQUINO NETO GR, et al. Dengue e Covid-19: Relação entre a pandemia do SARS-COV-2 e a queda das notificações de casos de dengue no Brasil. PsychTech& Health Journal, 2024; 7(2): 20-31.

3. BRADY O, WILDER-SMITH A. Whatistheimpactof lockdowns on dengue? CurrInfectDis Rep, 2021; 23(2): 2.

4. BRAGA C, et al. Impactof a community-based Aedes aegypti controlprogrammeon mosquito indices in NortheastBrazil. Transactionsofthe Royal Society of Tropical Medicine andHygiene, 2010; 104(4): 351–356.

5. DIAS NLC, et al. Analysis of hospitalizations and mortality from febrile, infectious, andparasiticdiseasesduringthe COVID-19 pandemic in Brazil. Inter Ame J Med Health, 2021; 4: e202101005.

6. LEANDRO CS, et al. Redução da incidência de dengue no Brasil em 2020: controle ou subnotificação de casos por COVID-19? Res SocDev, 2020; 9(11): e76891110442.

7. MACARENHAS MDM, et al. Ocorrência simultânea de COVID-19 e dengue: o que os dados revelam? CadSaude Publica, 2020; 36(6): e00126520.

8. NASCIMENTO CS, et al. Impacts on theepidemiological profile of Dengue amidthe COVID-19 Pandemic in Sergipe. Res SocDev, 2021; 10(5): e3610514544.

9. OLIVEIRA MSS, et al. Caracterização epidemiológica das internações por dengue durante a pandemia de COVID-19 nas capitais brasileiras. Braz J InfectDis, 2022; 26: 102268.

10. OLIVEIRA ROSTER K, et al. Impactofthe COVID 19 pandemicon dengue in Brazil: Interrupted time series analysisofchanges in surveillanceandtransmission. PLoS Neglected Tropical Diseases, 2024; 18(12): e0012726. DOI: 10.1371/journal.pntd.0012726. Acesso em: 10 jun. 2025.

11. PANTOJA DOS SANTOS D, FIGUEIREDO ALENCAR T. Impacto da COVID-19 na vigilância e controle da dengue no Amazonas. RevContemp, 2023; 4(10): 98-105.

12. PAULA EC, et al. The impactofthe Covid-19 pandemicon dengue notification in Brazil. Res SocDev, 2022; 11(16): e558111638606.

13. REBÊLO JMM, et al. Distribuição de Aedes aegypti e do dengue no Estado do Maranhão, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 1999; 15(3): 477–486. DOI: 10.1590/S0102-311X1999000300004. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-311X1999000300004. Acesso em: 6 jun. 2025.

14. SALLAS J, et al. Decréscimo nas notificações compulsórias registradas pela Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Brasil durante a pandemia da COVID-19: um estudo descritivo, 2017-2020. EpidemiolServ Saúde, 2022; 31(1): e2021303.

15. SANTOS DP, ALENCAR TF. Impacto da Covid-19 na vigilância e controle da dengue no Amazonas. RevContemp, 2024; 4(10): e6152.

16. SIQUEIRA JUNIOR JB, et al. Expansão da área de transmissão da dengue no Brasil: o papel do clima e das cidades. Tropical Medicine & International Health, 2014; 19(6): 1-9.

17. SOBRAL A. Brasil tem alta de casos de dengue, zika e chikungunya. Informe ENSP Fiocruz, 2024. Disponível em: https://informe.ensp.fiocruz.br/secoes/noticia/427/53045. Acesso em: 19 abr. 2025.

18. SOUSA PML, et al. Impactos do perfil epidemiológico da dengue durante a pandemia da COVID–19. EACAD, 2022; 3(2): e3332198.

19. TEIXEIRA MG, et al. Epidemiological Trends of Dengue Disease in Brazil (2000–2010). PLoS Neglected Tropical Diseases, 2013; 7(12): e2520. DOI: 10.1371/journal.pntd.0002520. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0002520. Acesso em: 6 jun. 2025.

20. TSHETEN T, et al. Clinical predictorsofsevere dengue: a systematic review and meta-analysis. Infectious Diseases of Poverty, 2021; 10(1): 123. DOI: 10.1186/s40249-021-00908-2. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8501593/. Acesso em: 6 jun. 2025.

21. WONG JM, et al. Dengue: a growingproblemwith new interventions. Pediatrics, 2022; 149(6): e2021055522. DOI: 10.1542/peds.2021-055522. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35543085. Acesso em: 6 jun. 2025.