Aspectos epidemiológicos da febre maculosa no Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Arthur Moraes Sabino Dutra
Carlos Eduardo da Silva Balata
Diogo Ramalho Teixeira Soares
Sophia Guimarães Araújo
Yana Balduíno de Araújo

Resumo

Objetivo: Descrever o panorama epidemiológico da febre maculosa no Brasil no período 2018 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e longitudinal com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. As variáveis do estudo foram casos confirmados por regiões do país, escolaridade, sexo, etnia, faixa etária e óbitos. Os dados foram armazenados em planilhas eletrônicas e analisados por meio da estatística descritiva. Resultados: A região sudeste apresentou a maior número de casos, com um aumento expressivo em 2023. Homens de 40 a 59 anos foram os mais afetados, com maior proporção de casos da doença em indivíduos de baixa escolaridade. Em termos sazonais, os meses da primavera apresentaram os maiores picos de casos. A mortalidade permanece alta, especialmente em regiões com dificuldades de acesso a serviços de saúde. Conclusão: A febre maculosa continua sendo uma ameaça significativa à saúde pública no Brasil, principalmente no sudeste, onde a maior densidade populacional, condições ecológicas favoráveis e o contato com vetores facilitam sua disseminação. As disparidades regionais e sociodemográficas indicam a necessidade de estratégias mais eficazes de prevenção e tratamento.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
DutraA. M. S., BalataC. E. da S., SoaresD. R. T., AraújoS. G., & AraújoY. B. de. (2025). Aspectos epidemiológicos da febre maculosa no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(8), e21122. https://doi.org/10.25248/reas.e21122.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ARGENTINO Í, et al. Perfil epidemiológico dos casos notificados de febre maculosa nos anos de 2018 a 2022. Revista Contemporânea, 2024; 4(6): e4519.

2. BRAGAGNOLLO G, et al. Desenvolvimento e validação de tecnologia educacional interativa sobre febre maculosa. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2020; 28: e3375.

3. BRASIL. Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2024/boletim-epidemiologico-volume-55-no-09.pdf#:~:text=Durante%20o%20período%20analisado%20ocorreram,19%2C3%25%20em%202023.Acessado em: 6 de setembro de 2024.

4. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016.

5. BRASIL. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília, DF: Presidência da República, (2020). Acessado em: 23 de março de 2025.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Febre maculosa. 2024. Disponível em: http://www.gov.br/saude/febre-maculosa. Acessado em: 6 de setembro de 2024.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Óbitos por febre maculosa: Brasil, grandes regiões e unidades federadas, 2007-2024. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-maculosa/situacao-epidemiologica/obitos-de-febre-maculosa-brasil-grandes-regioes-e-unidades-federadas-infeccao-2007-a-2024/view. Acessado em: 7 de setembro de 2024.

8. BRETT M, et al. U.S. Healthcare providers’ experience with Lyme and other tick-borne diseases. Ticks and Tick-Borne Diseases, 2014; 5(4): 404-408.

9. DANTAS-TORRES F. Rocky Mountain spotted fever. The Lancet Infectious Diseases, 2007; 7(11): 724–732.

10. DE ARAUJO R, et al. Febre maculosa no Brasil: estudo da mortalidade para a vigilância epidemiológica. Caderno de Saúde Coletiva, 2015; 23(4): 354-361.

11. DEL FIOL F, et al. A febre maculosa no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, 2010; 27(6): 461–466.

12. DE SOUZA C, et al. Risk factors associated with the transmission of Brazilian spotted fever in the Piracicaba river basin, State of São Paulo, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2015; 48(1): 11–17.

13. DONALISIO M, et al. Mapping Brazilian spotted fever: Linking etiological agent, vectors, and hosts. Acta Tropica, 2020; 207: 105496.

14. GAVA M, et al. Aspectos etioepidemiológicos da febre maculosa brasileira: Revisão sistemática. Veterinária e Zootecnia, 2022; 29: 001-020.

15. HEITMAN K, et al. National Surveillance Data Show Increase in Spotted Fever Rickettsiosis: United States, 2016-2017. American Journal of Public Health, 2019; 109(5): 719-721.

16. LEITE C, et al. Febre maculosa brasileira no Distrito Federal: relato de infecção sintomática após uso de tratamento precoce. BrazilianJournalof Health Review, 2023; 6(2): 4541-4554.

17. LUZ H, et al. Epidemiology of capybara-associated Brazilian spotted fever. PLoS Neglected Tropical Diseases, 2019; 13(9): 1-24.

18. NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS DISEASES. History of Rocky Mountain Labs (RML). | NIH.Disponível em: http://www.niaid.nih.gov/about/rocky-mountain-history. Acessadoem: 08 de setembro de 2024.

19. PAROLA P, et al. Update on Tick-Borne Rickettsioses around the World: a geographic approach. Clinical Microbiology Reviews, 2013; 26(4): 657-702.

20. REGAN J, et al. Risk factors for fatal outcome from Rocky Mountain spotted fever in a highly endemic area-Arizona, 2002-2011. Clinical Infectious Diseases, 2015; 60(11): 1659-1666.

21. RODRIGUES A, et al. The inoculation eschar of Rickettsia parkeri rickettsiosis in Brazil: Importance and cautions. TicksandTick-Borne Diseases, 2023; 14(2): 102127.

22. RODRIGUES C, et al. Aspectos ecológicos da febre maculosa no Brasil. Saúde & Meio Ambiente, 2020; 9: 143–163.

23. SALVIANO F, et al. Aspectos clínico-epidemiológicos da febre maculosa brasileira: uma perspectiva contemporânea. BrazilianJournalofImplantologyand Health Sciences, 2023; 5(3): 1052–1080.