Dimensões psicossociais do HIV: repercussões na vida diária e no tratamento
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Resumo
Objetivo: Analisar dimensões psicossociais do HIV, incluindo autopercepção, percepções sobre comorbidades, estigmas sociais, apoio familiar e relação com tratamento e serviços de saúde. Métodos: Estudo transversal com abordagem qualitativa e quantitativa realizado com pacientes com HIV atendidos em um Hospital Universitário do Pará. Coleta realizada entre novembro/2024 e maio/2025, com questionário semiestruturado contendo 9 perguntas. Abordou-se autopercepção, relações sociais e com o sistema de saúde. Análise qualitativa pela técnica de Bardin e quantitativa pela frequência. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética. Resultados: Amostra de 48 participantes evidenciou que o diagnóstico de HIV é marcado por tristeza, medo e choque, melhorando com o tempo, apoio social e acesso à informação. 70,8% dos entrevistados não relataram sofrer preconceito nem tratamento diferenciado, 77% possuem redes de apoio. Persistem preocupações com transmissão, doenças oportunistas e estigma. A adesão ao tratamento é motivada por saúde, vontade de viver e apoio familiar, com poucos obstáculos relatados. A relação com o sistema de saúde é bem avaliada, sendo a equipe vista como apoio essencial ao tratamento. Conclusão: O diagnóstico de HIV acarreta impactos psicossociais importantes, que diminuem com o tempo, conhecimento e redes de apoio, porém persistem temores sobre saúde, transmissão e preconceito.
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