Padronização do corante natural extraído à partir do urucum (Bixa orellana) e sua aplicação na histologia
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Resumo
Introdução: A utilização de corantes naturais é uma prática bem antiga, tendo evidências de uso datando cerca de 20 mil anos, os quais foram extraídos de fontes diversas (animais, vegetais ou minerais). Na rotina laboratorial, a maior parte dos corantes utilizados nas técnicas de coloração normal ou patológica são sintéticos, muitas vezes de difícil preparo e de pouco tempo de estocagem, envolvendo componentes que, segundo testes toxicológicos e químicos, tem efeitos prejudiciais à saúde de quem trabalha com eles e ao meio ambiente quando descartados. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo analisar o emprego do corante natural extraído a partir do urucum (Bixa orellana L.) em colorações histológicas de tecidos animais, e padronizar os métodos de preparo e coloração, fazendo variações de quantia de matéria prima, pH e temperatura de coloração. Métodos: Através de análises espectrofotométricas de 24 grupos do corante com variáveis diferentes, e das microfotografias das lâminas dos grupos por um software (Image J), tentou-se determinar os melhores parâmetros para o preparo e coloração de lâminas histológicas com o corante de urucum. Resultados: a desidratação das sementes implica na qualidade do corante, visto que diminuiu os resultados de absorbância nas análises espectrofotométricas dos corantes, e a densidade óptica média na morfometria das lâminas. Conclusão: Pôde-se concluir que os melhores parâmetros são a utilização de 20g de sementes a cada 100mL de etanol 92,8º, sem adição de ácido acético, com coloração à temperatura ambiente, e que o urucum constitui um excelente substituto à eosina em colorações histológicas.
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