Série temporal do suicídio no Brasil: o que mudou após o Setembro Amarelo?

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Milena Edite Casé de Oliveira
Kedma Anne de Lima Gomes
Waleska Fernanda Souto Nóbrega
Elaine Custódio Rodrigues Gusmão
Rayane Dantas dos Santos
Ramonyele Gomes Franklin

Resumo

Objetivo: Analisar a prevalência das notificações de suicídio no Brasil antes e após o lançamento da Campanha Setembro Amarelo (CSA) pelo Ministério da Saúde. Métodos: Foram utilizados dados secundários contidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizados pelo DATASUS. Resultados: O número de casos notificados por intoxicação exógena somou um total de 452.579 pessoas no Brasil, destas, 15% (67.966) correspondiam à categoria “tentativa de suicídio” e 10% (45.901) a causas indeterminadas. Quanto à classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10, entre 2013 e 2016, os óbitos notificados por “transtorno depressivo recorrente” (F33) vitimaram um total de 236 pessoas, das quais 57% (134) eram mulheres. Conclusão: Mais da metade das mortes violentas no mundo tem como causa o suicídio, tornando-o um problema da saúde pública. No ano de 2015 foi iniciada a Campanha Setembro Amarelo (CSA), que atua na prevenção ao suicídio. As taxas de incidência apresentaram dados ascendentes após a implantação da CSA, permitindo o questionamento a respeito da efetividade do programa. Faz–se necessário acompanhar a campanha por um maior intervalo de tempo, a fim de compreender seus impactos futuros.

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Como Citar
OliveiraM. E. C. de, GomesK. A. de L., NóbregaW. F. S., GusmãoE. C. R., dos SantosR. D., & FranklinR. G. (2020). Série temporal do suicídio no Brasil: o que mudou após o Setembro Amarelo?. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (48), e3191. https://doi.org/10.25248/reas.e3191.2020
Seção
Artigos Originais